Agosto 17, 2020

Acessibilidades no crowdfunding imobiliário e nos fundos de investimento imobiliários tradicionais.

Por Ariana Nunes

Em Portugal, tal como no resto do mundo, aceder a um fundo de investimento imobiliário torna-se relativamente inacessível e mais caro do que investir em crowdfunding imobiliário, o que é justificado por vários motivos. Em primeiro lugar, salientam-se os custos cobrados, normalmente associados a taxas de acesso/subscrição ou comissões pela gestão e manutenção do fundo. Valores esses que, todos somados no final, representam uma fatia significativa de capital, principalmente em portfólios com montantes mais baixos.

No que se refere à inacessibilidade, apontamos para as dificuldades de acesso aos tradicionais fundos imobiliários, visto que são, por vezes, colocados entraves, como é o caso das quantias mínimas para se investir. Muitos fundos exigem valores elevados para a aquisição das suas unidades de participação.

Enquanto estes cenários são reais no acesso a um fundo de investimento imobiliário, já no crowdfunding imobiliário deparamo-nos com um caminho muito menos complexo, onde as comissões são reduzidas ou inexistentes e, ainda, o capital necessário é acessível a todas as pessoas que tenham interesse neste tipo de negócio.

A realidade é que, mesmo antes desta pandemia, os fundos de investimento tradicionais com origem em Portugal sempre procuraram os grande investidores, por vezes, focando-se nos investidores estrangeiros com capital avultado. Todavia, o crowdfunding imobiliário veio alterar isso e, ainda, revolucionou o mundo financeiro, retirando a quase total exclusividade à atividade bancária, no que a financiamentos para empréstimos imobiliários se trata.

Para além disso, com o acesso direto às novas tecnologias e a consequente criação de plataformas próprias, aproximou-se o investidor em crowdfunding imobiliário do seu portfólio e possibilita um acompanhamento do desempenho do investimento. Tudo isto consegue-se em poucos cliques, ao contrário dos tradicionais fundos, nos quais há, em alguns casos, a  necessidade de passar por mais burocracia e poderá acontecer que o investidor tenha que aguardar o envio dos resultados do seu investimento pelo gestor atribuído. Por estes motivos descritos, podemos perceber a necessidade de renovação dos fundos imobiliários e aceitar o crowdfunding imobiliário como alternativa.  Fomentando, assim, a ideia do famoso economista britânico John Maynard Keynes: “A verdadeira dificuldade não está em aceitar ideias novas, mas escapar das antigas.” *

*Todo o conteúdo neste artigo apenas serve para fins educacionais e não representa qualquer tipo de aconselhamento financeiro. Consulte sempre um especialista certificado ou faça a sua própria análise no que se trata a investir, pois envolve risco de perdas.

Por Ariana Nunes

Educadora Financeira e Criadora do Canal Renda Maior no YouTube

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