O mercado imobiliário em Portugal poderá arrefecer. Vamos manter a nossa estratégia de investimento?
Atualmente, encontramo-nos numa crise sanitária que está a abalar o planeta. Esta situação tão incerta leva os investidores a pensar na possibilidade do mercado imobiliário nacional sofrer uma correção. Assistimos também à implementação de várias medidas e ajudas financeiras, não só provenientes do Estado mas também da União Europeia, de forma a criar condições económicas artificiais que sustentem países, empresas e os mercados em geral.
A questão central fica ainda em standby, será que o nosso mercado imobiliário dito “quente”, nomeadamente em Lisboa e no Porto, irá com isto arrefecer? Sem dúvida que ainda não sentimos esse impacto e, com estes estímulos, talvez só no próximo ano vejamos as consequências reais desta situação.
Enquanto investidora em crowdfunding imobiliário, a minha ideia de investimento é bastante simples: baseia-se em ter um portfólio para o longo prazo, aproveitando os rendimentos mensais que são pagos, tal como acontece na plataforma Querido Investi numa Casa!. Se uma crise se instalar, seguramente que a minha estratégia vai continuar a ser a mesma, e porquê?
Se as moratórias terminarem e, infelizmente, as dificuldades financeiras começaram a surgir em vários setores, iremos usufruir da gestão e da eficiência das análises financeiras que foram efetuadas aos promotores por parte das empresas de crowdfunding imobiliário. Além disso, vamos perceber o nível do risco a que estamos expostos, através da concessão de empréstimos e como funcionarão os mecanismos de segurança que foram previamente implementados de forma bastante precisa.
Poderemos também observar o estado da Conta-Reserva (uma conta capitalizada, normalmente, com parte do financiamento concedido, para cobertura de juros e outros encargos durante o prazo da operação) ou ainda, a possibilidade de, em último caso, ser acionado um procedimento legal de garantia real, isto é, uma hipoteca sobre o imóvel, como garantia do cumprimento do contrato de empréstimo (englobando o reembolso de capital e pagamento de juros).
São estes motivos pelos quais irei continuar a investir, seguindo a minha estratégia, de uma forma fácil e simples, pois todas as rentabilidades estão ligadas diretamente ao risco e temos que estar perfeitamente cientes desse facto.
Podemos, com isto, refletir nas sábias palavras de um presidente que comandou os E.U.A. durante a maior parte da Grande Depressão e, posteriormente, durante a Segunda Guerra Mundial, o famoso Franklin D. Roosevelt: “Os bens imóveis não podem ser perdidos ou roubados, nem podem ser levados embora. Adquirido com bom senso, pago integralmente e administrado com razoável cuidado, é o investimento mais seguro do mundo”.*
*Todo o conteúdo neste artigo apenas serve para fins educacionais e não representa qualquer tipo de aconselhamento financeiro. Consulte sempre um especialista certificado ou faça a sua própria análise no que se trata a investir, pois envolve risco de perdas.
Por Ariana Nunes
Educadora Financeira e Criadora do Canal Renda Maior no YouTube